segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Decisão certa, da forma errada

A demissão do técnico Celso Roth de certa forma surpreendeu, pelo menos para mim. É claro que não é o presidente que segura o treinador, mas sim os resultados (e os do Galo nesta reta final... nem precisa comentar). Agora todos sabem como o Kalil é firme em suas opiniões e ele, até sábado, vinha garantindo seu treinador, mesmo com grande parte da torcida preferindo a saída de Roth do cargo. Sábado, após a derrota para o Corinthians, Kalil preferiu demiti-lo, de forma rápida, por meio de um assessor.
É justamente neste ponto que quero tocar. Para mim, a demissão de Roth foi acertada, já que ele, na reta final do campeonato, não conseguiu extrair o melhor do time e o pior: admitiu essa situação em público, para o Brasil inteiro (e os adversários, é claro). Quando um treinador, de um time grande como o Atlético, fala isso, com todas as letras e ainda diz que os adversários aprenderam a forma de jogar do Galo, praticamente “abandonando o barco”, sem saber o que fazer, fica realmente complicado mantê-lo para um trabalho mais longo. Afinal, se Roth não conseguiu variar as jogadas de seu time, na reta decisiva do campeonato, será que conseguiria no ano seguinte? Nessa, o Kalil acertou.
Agora o erro gravíssimo: a forma como Celso Roth foi demitido. Alexandre Kalil estava em viagem, possivelmente negociando com um futuro treinador, e coube a um de seus assessores, a incumbência da demissão do técnico atual e da comunicação à imprensa. Eis a questão: em um futebol profissional, como se pratica hoje no Brasil, será que essa seria a melhor forma de se demitir um treinador? Acho que não.
Para mim, o presidente alvinegro demitiria Celso Roth independente do resultado do Corinthians. Sendo assim, por que Kalil não comunicou isso ao treinador antes da partida e de sua viagem? Ou por que não voltou de viagem primeiro e o demitiu depois, com o respeito que um profissional deve receber?
Nessa questão, Alexandre Kalil agiu somente com o coração, como torcedor, deixando o profissionalismo totalmente de lado. Apesar de sua bela administração na Presidência do Clube Atlético Mineiro, Kalil ainda não aprendeu separar o lado torcedor do lado dirigente, que deve agir mais com a razão do que com a emoção.

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