Com as férias dos jogadores profissionais no Brasil, o grande destaque fica por conta da especulação. Todos os dias se ouve falar em nomes, propostas, negociações que, muitas vezes, não se confirmam ou mesmo nem existem. Por isso não vamos ficar aqui especulando, opinando sobre quem pode vir, mas sim falar dos reforços já anunciados oficialmente, por Atlético, Cruzeiro e América.
A principal contratação alvinegra foi, sem dúvida, a do técnico Vanderlei Luxemburgo, campeoníssimo por onde passou, inclusive no maior rival atleticano, o Cruzeiro, onde ganhou a chamada Tríplice Coroa (Mineiro, Copa do brasil e o Brasileirão), em 2003. Além dele, já foram anunciados o lateral esquerdo Leandro Silva, que estava no Vitória da Bahia, o zagueiro equatoriano Jairo Campos (ex-LDU) e o atacante Muriqui, destaque do Brasileirão deste ano, jogando pelo Avaí. Com este último falta um acerto salarial, que deve acontecer semana que vem. Além desses jogadores, o Galo repatriou o atacante e vice-artilheiro do Brasil, com 34 gols, Marcelo Nicácio, que defendeu o Fortaleza na série B deste ano.
Já o Cruzeiro tem como destaque, até então, a manutenção da base, que, com poucas entradas e saídas, joga junta há dois anos, quando se iniciou o trabalho de Adilson Batista à frente do clube. Adilson que também continua, o que é importante para se consolidar um trabalho vitorioso. O time da Toca já anunciou o atacante Pedro Ken, destaque do Coritiba, além de repatriar Anderson Lessa, que foi emprestado ao Náutico e fez um bom campeonato por lá. Zezé Perrella disse que não tem pressa para buscar jogadores e que quer esperar para dar “o tiro certo”.
Ambas as torcidas esperam o tão falado “peixe grande”, aquele jogador para se buscar no aeroporto, mas até agora nada. Com os nomes anunciados até então ficam algumas pergunta: será que são mesmo reforços ou apenas contratações? Será que esses jogadores vão repetir em Galo e Cruzeiro o desempenho que tiveram em suas equipes, indiscutivelmente menores que as mineiras no futebol nacional? É melhor aguardar, avaliar o trabalho deles em campo e torcer para tudo dar certo!
Olha o Coelhão aí!
Após a conquista da série C, o América já voltou das férias e, no quesito preparação física, sai na frente de Galo e Cruzeiro para o início do Campeonato Mineiro, programado para começar em 23 de janeiro, sábado.
O Coelhão também está contratando e já anunciou, além do técnico Marco Aurélio, o zagueiro Thiago Couto, o volante Ramos e o atacante Laércio. O goleiro Gléguer passa por exames médicos e deve ser anunciado nos próximos dias.
Lembrando que o América disputa o Mineiro e a série B do Brasileiro, em 2010.
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
De quem foi o ano?
Por Frederico Pena
2009 era o ano do Cruzeiro.
O clube havia formado uma equipe forte usando a base do time do ano anterior fazendo contratações de peso como o atacante Kleber. Os resultados foram imediatos, o time foi campeão do Torneio Verão vencendo o rival Atlético e o Nacional do Uruguai e a situação não mudou quando começaram os torneios oficiais. Colhendo vitórias, algumas mais tranqüilas outras nem tanto, o time celeste foi caminhando tanto no Mineiro quanto na Libertadores. A vitória por 5 a 0sobre o Galo na final do torneio regional, a segunda seguida, só reforçou ainda mais a confiança celeste. Infelizmente tudo isso mudou e justamente no pior momento possível. Dentro de um Mineirão lotado o time azul cedeu diante do professor Verón e seus Estudiantes, numa final que o time mineiro era considerado franco favorito.
2009 era o ano do Atlético
Enquanto curtiam a derrota do rival os atleticanos ainda regojizavam a liderança no campeonato brasileiro. O time de Celso Roth, que substituiu Emerson Leão após a derrota no Mineiro, vinha fazendo uma campanha surpreendente na principal competição nacional. Parecia que este seria o ano em que os alvinegros finalmente sairiam da fila, que eles mesmo começaram em 1971, e seriam campeões brasileiros. A torcida lotava o estádio e comemorava os gols de seu artilheiro Diego Tardelli e apesar da campanha irregular o time se mantinha nas primeiras posições. O balde de água fria veio justamente na reta final, quando, a equipe amargurou uma série de 5 derrotas seguidas e pior, ainda viu o rival o ultrapassar na tabela e conseguir a última vaga para a copa Libertadores. Resultado comemorado como um título pelos celestes.
O fato é que, apesar do fim de ano mais positivo pelos cruzeirenses o que permaneceu mesmo foi o gosto amargo da perda do título continental em casa. E para os atleticanos a tristeza de saber que apesar de o time ter empolgado e jogado melhor que em anos anteriores o resultado acabou sendo o mesmo. O que se pode ver então é que 2009 não foi o ano de nenhum dos dois. 2009 foi sim o ano do terceiro time da capital, o América. O Coelho foi o único time que conseguiu levar o caneco na competição que disputou vencendo o Campeonato Brasileiro da série C. Retornando agora à série B, o Coelho volta ao cenário nacional do futebol brasileiro, trazendo consigo os holofotes que por pouco não brilharam para seus irmãos Belorizontinos.
"Frederico Pena é jornalista por formação, estudante de Design, Atleticano fanático e colunista nas horas vagas".
2009 era o ano do Cruzeiro.
O clube havia formado uma equipe forte usando a base do time do ano anterior fazendo contratações de peso como o atacante Kleber. Os resultados foram imediatos, o time foi campeão do Torneio Verão vencendo o rival Atlético e o Nacional do Uruguai e a situação não mudou quando começaram os torneios oficiais. Colhendo vitórias, algumas mais tranqüilas outras nem tanto, o time celeste foi caminhando tanto no Mineiro quanto na Libertadores. A vitória por 5 a 0sobre o Galo na final do torneio regional, a segunda seguida, só reforçou ainda mais a confiança celeste. Infelizmente tudo isso mudou e justamente no pior momento possível. Dentro de um Mineirão lotado o time azul cedeu diante do professor Verón e seus Estudiantes, numa final que o time mineiro era considerado franco favorito.
2009 era o ano do Atlético
Enquanto curtiam a derrota do rival os atleticanos ainda regojizavam a liderança no campeonato brasileiro. O time de Celso Roth, que substituiu Emerson Leão após a derrota no Mineiro, vinha fazendo uma campanha surpreendente na principal competição nacional. Parecia que este seria o ano em que os alvinegros finalmente sairiam da fila, que eles mesmo começaram em 1971, e seriam campeões brasileiros. A torcida lotava o estádio e comemorava os gols de seu artilheiro Diego Tardelli e apesar da campanha irregular o time se mantinha nas primeiras posições. O balde de água fria veio justamente na reta final, quando, a equipe amargurou uma série de 5 derrotas seguidas e pior, ainda viu o rival o ultrapassar na tabela e conseguir a última vaga para a copa Libertadores. Resultado comemorado como um título pelos celestes.
O fato é que, apesar do fim de ano mais positivo pelos cruzeirenses o que permaneceu mesmo foi o gosto amargo da perda do título continental em casa. E para os atleticanos a tristeza de saber que apesar de o time ter empolgado e jogado melhor que em anos anteriores o resultado acabou sendo o mesmo. O que se pode ver então é que 2009 não foi o ano de nenhum dos dois. 2009 foi sim o ano do terceiro time da capital, o América. O Coelho foi o único time que conseguiu levar o caneco na competição que disputou vencendo o Campeonato Brasileiro da série C. Retornando agora à série B, o Coelho volta ao cenário nacional do futebol brasileiro, trazendo consigo os holofotes que por pouco não brilharam para seus irmãos Belorizontinos.
"Frederico Pena é jornalista por formação, estudante de Design, Atleticano fanático e colunista nas horas vagas".
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Decisão certa, da forma errada
A demissão do técnico Celso Roth de certa forma surpreendeu, pelo menos para mim. É claro que não é o presidente que segura o treinador, mas sim os resultados (e os do Galo nesta reta final... nem precisa comentar). Agora todos sabem como o Kalil é firme em suas opiniões e ele, até sábado, vinha garantindo seu treinador, mesmo com grande parte da torcida preferindo a saída de Roth do cargo. Sábado, após a derrota para o Corinthians, Kalil preferiu demiti-lo, de forma rápida, por meio de um assessor.
É justamente neste ponto que quero tocar. Para mim, a demissão de Roth foi acertada, já que ele, na reta final do campeonato, não conseguiu extrair o melhor do time e o pior: admitiu essa situação em público, para o Brasil inteiro (e os adversários, é claro). Quando um treinador, de um time grande como o Atlético, fala isso, com todas as letras e ainda diz que os adversários aprenderam a forma de jogar do Galo, praticamente “abandonando o barco”, sem saber o que fazer, fica realmente complicado mantê-lo para um trabalho mais longo. Afinal, se Roth não conseguiu variar as jogadas de seu time, na reta decisiva do campeonato, será que conseguiria no ano seguinte? Nessa, o Kalil acertou.
Agora o erro gravíssimo: a forma como Celso Roth foi demitido. Alexandre Kalil estava em viagem, possivelmente negociando com um futuro treinador, e coube a um de seus assessores, a incumbência da demissão do técnico atual e da comunicação à imprensa. Eis a questão: em um futebol profissional, como se pratica hoje no Brasil, será que essa seria a melhor forma de se demitir um treinador? Acho que não.
Para mim, o presidente alvinegro demitiria Celso Roth independente do resultado do Corinthians. Sendo assim, por que Kalil não comunicou isso ao treinador antes da partida e de sua viagem? Ou por que não voltou de viagem primeiro e o demitiu depois, com o respeito que um profissional deve receber?
Nessa questão, Alexandre Kalil agiu somente com o coração, como torcedor, deixando o profissionalismo totalmente de lado. Apesar de sua bela administração na Presidência do Clube Atlético Mineiro, Kalil ainda não aprendeu separar o lado torcedor do lado dirigente, que deve agir mais com a razão do que com a emoção.
É justamente neste ponto que quero tocar. Para mim, a demissão de Roth foi acertada, já que ele, na reta final do campeonato, não conseguiu extrair o melhor do time e o pior: admitiu essa situação em público, para o Brasil inteiro (e os adversários, é claro). Quando um treinador, de um time grande como o Atlético, fala isso, com todas as letras e ainda diz que os adversários aprenderam a forma de jogar do Galo, praticamente “abandonando o barco”, sem saber o que fazer, fica realmente complicado mantê-lo para um trabalho mais longo. Afinal, se Roth não conseguiu variar as jogadas de seu time, na reta decisiva do campeonato, será que conseguiria no ano seguinte? Nessa, o Kalil acertou.
Agora o erro gravíssimo: a forma como Celso Roth foi demitido. Alexandre Kalil estava em viagem, possivelmente negociando com um futuro treinador, e coube a um de seus assessores, a incumbência da demissão do técnico atual e da comunicação à imprensa. Eis a questão: em um futebol profissional, como se pratica hoje no Brasil, será que essa seria a melhor forma de se demitir um treinador? Acho que não.
Para mim, o presidente alvinegro demitiria Celso Roth independente do resultado do Corinthians. Sendo assim, por que Kalil não comunicou isso ao treinador antes da partida e de sua viagem? Ou por que não voltou de viagem primeiro e o demitiu depois, com o respeito que um profissional deve receber?
Nessa questão, Alexandre Kalil agiu somente com o coração, como torcedor, deixando o profissionalismo totalmente de lado. Apesar de sua bela administração na Presidência do Clube Atlético Mineiro, Kalil ainda não aprendeu separar o lado torcedor do lado dirigente, que deve agir mais com a razão do que com a emoção.
Cruzeiro e Libertadores: dobradinha de sucesso
O Cruzeiro venceu o Santos, na Vila, por 2 x 1 e conseguiu a última vaga brasileira para a disputa da Libertadores 2010. Além de vencer, o time da Toca contou com tropeço do Palmeiras, que perdeu para o Botafogo no Rio por 2 x 1. Esta será a terceira participação consecutiva da Raposa na competição mais importante da América.
Antes de entrar na fase de grupos, o Cruzeiro disputará a pré-Libertadores, contra o Real Potosí, da Bolívia. O primeiro jogo será dia 27 de janeiro, quarta-feira, em Potosí, a 3.960 metros acima do nível do mar. Uma semana depois, eles voltam a se enfrentar, no Mineirão. Quem passar dessa fase, entra no grupo 7 da libertadores, que já tem o Vélez Sársfield da Argentina e o Deportivo Itália da Venezuela. Falta definir um representante do Chile.
O time mineiro já é bicampeão da competição (1976 e 1997) e busca o tri, ano que vem.
Bela Arrancada
Para conseguir a classificação, o Cruzeiro deu uma arrancada incrível no Brasileiro, tirando 15 pontos de diferença do então líder, seu maior rival, Atlético. Apesar de muitos não acreditarem na classificação (inclusive eu), o time mostrou muita raça, brio e lutou até o fim, mesmo não dependendo apenas de suas forças. Adilson Batista, criticado por muitos, foi decisivo para essa arrancada, principalmente nas partidas fora de casa, quando armou um time, às vezes até defensivo demais, mas que sabia dar o bote na hora certa e garantir o resultado. Além dele, deram sustentação ao time o goleirão Fábio, Leo Silva, a dupla de ataque, Wellington Paulista e Thiago Ribeiro e, claro, na partida final, o “gladiador”, Kléber.
Parabéns ao Cruzeiro, que volta a mais uma Libertadores! A “china azul” espera que, desta vez, com o título!
Antes de entrar na fase de grupos, o Cruzeiro disputará a pré-Libertadores, contra o Real Potosí, da Bolívia. O primeiro jogo será dia 27 de janeiro, quarta-feira, em Potosí, a 3.960 metros acima do nível do mar. Uma semana depois, eles voltam a se enfrentar, no Mineirão. Quem passar dessa fase, entra no grupo 7 da libertadores, que já tem o Vélez Sársfield da Argentina e o Deportivo Itália da Venezuela. Falta definir um representante do Chile.
O time mineiro já é bicampeão da competição (1976 e 1997) e busca o tri, ano que vem.
Bela Arrancada
Para conseguir a classificação, o Cruzeiro deu uma arrancada incrível no Brasileiro, tirando 15 pontos de diferença do então líder, seu maior rival, Atlético. Apesar de muitos não acreditarem na classificação (inclusive eu), o time mostrou muita raça, brio e lutou até o fim, mesmo não dependendo apenas de suas forças. Adilson Batista, criticado por muitos, foi decisivo para essa arrancada, principalmente nas partidas fora de casa, quando armou um time, às vezes até defensivo demais, mas que sabia dar o bote na hora certa e garantir o resultado. Além dele, deram sustentação ao time o goleirão Fábio, Leo Silva, a dupla de ataque, Wellington Paulista e Thiago Ribeiro e, claro, na partida final, o “gladiador”, Kléber.
Parabéns ao Cruzeiro, que volta a mais uma Libertadores! A “china azul” espera que, desta vez, com o título!
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